segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Distante"

Em um fim de tarde chuvoso ,
Um pingo de água desce lentamente pelo meu braço ,
Logo muitos outros pingos o ultrapassam descendo mais rápido pelo meu braço enconstado na janela do carro ,
È um pouco engraçado , há pouco tempo ele estava só , ali , segundo após outros passaram por ele e o ritmo mudou muito rápido ...

Podem me comparar a água ,
Porque está sempre escapando das nossas mãos , não consegue ficar presa , nunca está parada , está sempre se movendo ...
Me sinto assim ,
Escapando dos olhares conhecidos ,
Escapando das mãos amigas e familiares ,
Não me deem as mãos , não consigo viver presa ...

Não sou impaciente ,
Mas me resolvo com pressa ,
Mesmo que essa pressa seja vagarosa ...

Me sinto distante até de mim ,
Meus pensamentos não se encaixam ,
Não me sinto mais como era antes ,
Tenho a sensação de um passáro que voa pela primeira vez ,
Sinceramente eu sou um ser alado ,
E não vou parar em um lugar só para sempre ,
Estou cada vez mais distante ,
Por enquanto não sei o que acho disso ...
Novos caminhos se abrem enquanto os velhos somem do mapa e da memória , como se não tivesse existido ...

No momento estou em casa ,
È aonde vou estar até o próximo mês ,
Ninguém sabe onde é minha casa ,
È estranho eu me importar em isso ser estranho ...

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